AINDA ASSIM... SEMPRE TE AMAREI!


Nunca olhei dentro dos teus olhos. Meu consolo era a tua voz!
Voz doce que acompanhava meus pensamentos, relendo o passado,
nutrindo o presente e repensando o futuro.
Teu cheiro,_ não sei! Suponho ser enternecedor e suave.
Tuas mãos me deixam delirar ao pensar tocá-las nas minhas.
Não entendo bem de onde viestes e como se impuses-tes em minha vida perdida.
Só lamento o fato que de fato maculei acontecimentos.
Muitos doces momentos tivemos, e onde estás agora? _ Como te falar?
Nada respondes as minhas indagações, e friamente me colocastes no chão.
Só tenho agora teu silêncio e um vazio desértico e ventoso.
A areia revolta e solta cerra-me os olhos e não consigo ver-te nem de longe,_ nem de perto.
Mania minha de querer fazer-te entender que há explicações...
Ah! Se realmente tivesses querido escutar- me, ... entender-me, ou até, _ remediar...
Hoje olho um horizonte mudo, turvo e perdido. Não há mais elo entre nós. Não ouço mais a tua voz como canção que impulsionava meu coração a disparar o bem-querer...
Ela se perdeu no mundo onde eu também me encontro muda!

Edna Fialho!